Converse, ouça, escute, olhe e
conte histórias ao seu filho. Pare para o ouvir falar do que ele gosta, digam
disparates, riam-se de episódios cómicos, tenham conversas sérias sobre o que
vos preocupa, vos une e sobre o que sentem.
O desafio é conversarem com tempo, descontraídos, sem que o tema seja os
estudos, as notas e os testes.
Rebolarem na areia que nem croquetes depois de um mergulho no
mar
Não só os miúdos, mas sim os pais.
Aliás, aposto que os filhos se divertem mais a ver os pais a fazê-lo, sem
cuidados nem preocupações, do que serem eles próprios fazerem. A surpresa será
maior. Rebole sem parar, descontraído, sem preocupação com o cabelo ou com o
biquíni ou calções. A seguir, na pior (ou melhor) das hipóteses, correm e
mergulham outra vez.
Experimentem fazer alguma coisa que nunca experimentaram antes
Andar de gaivota, fazer surf, cantar
no karaoke, apanhar ondas, andar de kart, pintar o cabelo de azul, verde ou
vermelho, fazer uma tatuagem temporária, a regra é experimentar uma coisa nova,
juntos. Que seja nova para os filhos mas também para os pais. Basta ser criativo,
não precisa ser uma actividade que exija um planeamento excessivo, basta ser
uma experiência nova.
Abram os vidros do carro, ponham a música bem alta e cantem (não aconselhável em situações de muito trânsito com filhos
adolescentes. Poderão ficar excessivamente envergonhados...)
Cada um escolhe uma música ou
procuram na rádio, abram os vidros e... Cantem. Alto, com força e confiança. De
preferência ao pôr do sol, numa estrada com pouco movimento.
Vão a um festival de Verão
Vão experimentar um festival de
verão com os miúdos. Ver concertos, passear no festival, ouvir música aqui e
ali e proporcionar a experiência de um festival. Escolham a gosto, das danças,
ao rock, passando pelo reggae, na
praia ou no campo. A experiência será inesquecível. Às vezes, até mais para os
pais.
Durmam numa tenda
Mesmo podendo não ser adepto de campismo,
proporcione a experiência de dormirem numa tenda. Nem que seja no quintal,
vosso ou de amigos. Aproveitar o final de dia para cozinhar num “campingaz”, jogar jogos de equipa à luz
de uma fogueira, tocar guitarra se houver quem saiba, dormir na tenda e acordar
com o calor da manhã.
Elogios a toda a hora e no imediato
Elogiar o ano todo é preciso e
indispensável. Mas o período de férias é uma excelente época para elogiar os
seus miúdos. E tanto por onde elogiar: porque fez um grande castelo, porque foi
corajoso e mergulhou ou até porque vestiu os calções e a t-shirt num instante ou foi muito rápido a tomar o pequeno-almoço.
Ou até porque é tão divertido e bom conversador, que merece saber que diverte
os pais e que é mesmo bom conversar com ele. Todos os dias haverão motivos para
elogios. Basta estar atento.
Deixá-los escolher o que fazer
Pelo menos um dos dias de férias,
serão os miúdos a escolher o que querem fazer. A escolha pode ser ficar em
casa, a escolha é deles, basta acompanhar essa escolha e mostrar que consegue
desfrutar de um programa que não escolheria. Esteja com eles.
Rir muito
Aproveite para rir, para
descontrair, para sorrir muito para os seus filhos. O seu sorriso, a sua
diversão ficarão para sempre recordados e serão excelentes baterias para o
regresso da pressão da escola e do ano lectivo. Parece fácil? Então
experimente. Ria-se muito, de preferência com os seus filhos.
São mesmo coisas que deveriam ser
obrigatórias ou pelo menos algumas delas, deveriam ser. Parecem não fazer
diferença? Parecem menos importantes do que estudarem ou fazerem os
trabalhos-de-casa juntos?
Farão mesmo toda a diferença.
Experimente e verá. Boas férias!
Rita
Castanheira Alves
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