segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Os adolescentes também fazem birras?


Quem tem filhos adolescentes, sabe do que falo. As birras dos adolescentes, que às vezes têm parecenças com má-educação... 
Aquela forma feia de falar, gritar em vez de explicar, bater com a porta ou ficar amuado o jantar todo, porque no fim-de-semana não pode ir sair. 
Já não é um miúdo pequeno, mas ainda faz umas birras. Já não fica de castigo, sentado, a pensar na vida, mas há muito que ainda vale a pena fazer. Em vez de birras, podemos chamar-lhe má-educação? 

Saiba prevenir e remediar quando necessário com os adolescentes...
 Dicas específicas para pais com filhos adolescentes

-        Negoceie: escolha como primeira opção a negociação, encontrando um espaço para diálogo sobre o que o seu filho pretende e o que lhe parece a si adequado. Encontrem um consenso e estabeleçam horários, regras e condições para conseguir determinado objectivo;

-        Respeite: respeite o espaço e a privacidade do seu filho, só assim conseguirá o respeito pelas suas regras, limites e condições;

-        Conversem diariamente: promova momentos diários de conversa livre e sem qualquer juízo ou tom negativo, mostre interesse e curiosidade pelo que o seu filho gosta. Perante a possível recusa do seu filho, respeite o seu silêncio, mas mantenha-se disponível para conversar e não desista;

-        Adie a conversa: Sempre que tenha uma divergência com o seu filho e se estiverem demasiados nervosos, não têm tempo ou porque estão num local inadequado, tente sempre adiar a conversa combinando com o seu filho o momento adequado para o fazer;

-        Evite acusações: Ao abordar com o seu filho um problema ou conflito procure adequar a sua linguagem, inibindo ao máximo um discurso meramente acusatório de atribuição ao seu filho da responsabilidade total pelo problema, tentando encontrar uma abordagem que não o culpe somente a ele, mas assumindo a sua responsabilidade na manutenção do problema. Por exemplo, em vez de dizer: “ – És egoísta... Estou sempre a dizer-te para dividirmos as tarefas, mas tu só pensas em ti e fica todo o trabalho para mim!”, experimente dizer: “ – Tenho acabado por fazer eu todas as tarefas que tínhamos combinado dividir e por isso não tens necessidade de as fazer?”
-        Fale por si: Ao expor a sua perspectiva procure sempre falar na primeira pessoa, especificando o mais possível o problema e expressando a sua emoção face ao problema. Por exemplo: “- Quando chego a casa e percebo que não arrumaste os livros como tínhamos conseguido acordar, sinto-me desanimada.”;
-        Escute e empatize: Procure escutá-lo ativamente, sem o julgar, mostrando que está disposto a compreender os pontos de vista que o seu filho apresenta, as suas necessidades, objectivos e interesses, manifestando assim o que também espera da parte dele, que compreenda as suas necessidades e pontos de vista e que está aberto para chegar a um acordo, esperando o mesmo da parte dele;
-        Avaliem as soluções: Sempre que consigam chegar a um acordo e estabelecer soluções para os problemas, avaliem em conjunto se tais soluções são viáveis e se não criam novos problemas;
-        Planeiem: Após conclusões relativamente às soluções, é essencial que, em conjunto, estabeleçam um plano de como cada solução poderá ser implementada, estabelecendo as responsabilidades de cada um, quando deverão voltar a conversar para reavaliar a situação, quando começam a implementar cada solução.

Antes e depois de tudo isto, lembre-se de se divertir com o seu filho, sempre que possível. Num abraço, num jantar divertido ou numa gargalhada. Mesmo que pequena, vai valer a pena.  

Rita Castanheira Alves

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